terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CAPÍTULO 1 - A NAVE BOLA


 THE AGENCY
orgulhosamente apresenta

O ZÊNITE (2012)

Episódio III

FESTA DO UNIVERSO

Ilustração posterior (de 18 de Dezembro) assinada por "Amantis", onde a "estrutura" temporal da Festa foi encontrada na forma de uma Lemniscata.

prefácio

       Este episódio, o terceiro da série O ZÊNITE (2012) começa mais ou menos como os da série Stars Wars. Não se sabe bem onde se está na história, no espaço ou no tempo, mas o contexto geral vai orientando a gente. 
se quiser conferir vá em:

     Podemos adiantar que em 2012 o “Senado Planetário” (ONU) não tem qualquer poder de decisão e que a “Federação do Comércio” (banqueiros internacionais) está mais gananciosa do que nunca. A situação não é nada boa.

                                                            -----------------------------

CONTEXTUALIZAÇÃO:

Há algo que devemos dizer ao leitor da Internet que porventura esteja lendo este Episódio sem conhecer os precedentes (prontos, mas apenas parcialmente publicados na Net na data desta postagem, 18 de Dezembro de 2012).

A "Nave Z.", com a qual fizemos nossas últimas viagens foi parar, sei lá como, no Senado Galático de "Star Wars", para quem não sabe, o lugar onde todas as decisões galáticas, ou Universal são, ou deveriam ser, tomadas.
Ali apareceu um Marciano, que aparecia (como se num Facebook) sempre na forma de caricatura. Jaal tornou-se uma espécie de figura apocalíptica no final do Episódio II.
 Bem,  finalmente conseguimos sair de lá e rumar para a Terra.  E, o impensável, não apenas o ilustre Jaal, mas muitos outros E.T.s rumaram, tal como a Nave Z. para a Terra, para a Festa do Universo.
E não só isso. O Senado Galáctico - que atualmente funciona muito como um face-book, só que de nível  superior - ... o Senado Galático, o que significa dizer, TODA A GALÁXIA está acompanhando a saga dos pioneiros da Festa do Universo na Terra, um pequeno, mas brilhante grupo que está para receber mais dois integrantes. Isto é, se tudo der certo.
Lembre o leitor que o Senado Galático está acompanhando todos estes passos dados aqui, e vez por outra surgirá um "comentário" vindo de lá. Assim como manchetes "urgentes" do Zenith News, que, aqui na Terra, não significam nada ainda, mas que andam causando comoção na Galáxia.
Nos dois primeiros episódios nós usamos e abusamos de Star Wars. Neste, a vítima escolhida foi  O MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS. 
Sente-se preparado?
Bona Ventura!
Hpe', 18 - xii - 2012 - Terça. Primavera, Lua Crescente, IV xx.


0
5 de Outubro de 2012, Sexta, 20:20’
    
Ao Senado Galáctico, em resposta,
    por Hpe’:


     Sim, admito que estou criando um “insistente entretecido mito-realidade”  em torno da cidade de JFC, lugar no Universo onde está atracada a minha Nave em Terra.
  
    Por meio de meu “entretecido”, que urdo há muito tempo, desde o ano 2000, eu parto daqui, do pé do Morro IV (na mítica JFC) simplesmente para onde e quando quiser – sendo os únicos limites os de minha imaginação – o que um pequeno e mui seleto grupo de leitores do presente vem atestando. E, nessas aventuras, que são suarentas, dramáticas, eu encontro todo o tempo que preciso para fazer amor com o Universo, isto é, com Ela[1].

    Deste modo, caros senhores, não me permito pensar nas conseqüências futuras de meu modo de ação – mesmo porque a intenção é a de que haja consequências.
  
    Quero frisar que é apenas por meio deste meu entretecido mito-realidade que eu (com todas as minhas limitações) posso fazer estas viagens. Na verdade, estamos conversando agora tão somente devido a ele (o “entretecido”). Na Terra, isto é um ato delirante, mas para nós o fato é que tem funcionado (como eu nem sei; nós estamos apenas fazendo, e dentro do possível, aprendendo a lição chinesa de muito tempo atrás, aquela que a própria China perdeu (o Dao). Sim, vamos cuidar disso).

   Obrigado. Ouvidos demais à razão – a cachorrada continua ladrando na escadaria[2] – mas a gente sente quando vence TUDO, e está aqui.
(Na Rádio Z começa a tocar And When the Night Comes, uma bela da Árvore de Jon e Vangelis) e eu sinto que posso começar.
      
       Ah, sim, e antes que eu me esqueça:


        Obrigado,
         HPe'.


FESTA DO UNIVERSO, CAPÍTULO
1
A NAVE BOLA

      O Zenith, Episódio III começa. Começa de noite. Um homem sozinho na Floresta. 

     A trilha é esta: And When the Night Comes, uma canção romântica tocando na imaginação de um homem sozinho na floresta.

     Em sua imaginação, ele está com Ela, tal como Jon, dando-lhe todo amor que Ela merece, num romântico sábado à noite, eles abraçados no sofá de uma grande sala branca, com Vinho, luz de velas, as janelas parcialmente abertas e a cidade lá embaixo. Uma luminosidade azul toma conta do ambiente no fim da noite.  O vinho arde vermelho nas taças, como se tivesse luz, como se fosse rubi em movimento, e eles bebem. Ele a convida para dançar.  É o auxílio universal das convenções, símbolo feito Vida.

     E vocês se beijam. Não é mais sonho, é, enfim, a INFINITA REALIZAÇÃO (ainda que por segundos, entre os pensamentos).
    Não há nada maior que isso e vocês sabem, vocês sabem juntos.
    - Ele está aqui, o Amor.
    - Eu sei.
    A terceira é uma fala conjunta, e ela é Silêncio, ela pode tudo, ela é o segundo beijo.

   Foi quando o incêndio começou. O incêndio começou na Floresta dentro do peito do homem. Eram chamas astrais que não queimavam a vegetação, mas como ardiam, como chamavam a atenção. Vistas de cima, compunham um enorme clarão, um clarão daqueles na mata, chamando como um Farol os mochileiros da galáxia (e quem sabe algumas Naves Oficiais) para aquela região.

    E ele estava certo em deixar que fosse assim (o homem de Fogo na mata), uma vez que a “lista” de convivas deixada pelo Repórter (de naves que pareciam chegar para a Festa do Universo) foi considerada por todos, inclusive pelo próprio, lamentavelmente curta.



     De fato, amigos, de fato, uma curiosa espaçonave em forma de BOLA veio descendo, bamboleando entre as árvores altas e, depois de um     longo   processo, conseguiu aterrissar na clareira, logo após passar pelos estágios ROSA, DISCO DE HATHOR e CHAPÉU DE CARMEN MIRANDA, como passes de mágica.





(Perdi alguma coisa?)

 “Enfim um pouco de surrealismo nesta ficção fantástica.”, foi um dos comentários que chegaram lá do Senado Galáctico – que estava acompanhando tudo, com muita atenção. Este comentário, vindo de um conhecido especialista, recebeu por sua vez muitos comentários-resposta, todos de aprovação (algo parecido com o polegar pra cima do Facebook, mas com muito mais possibilidades). Houve, contudo, um comentário de discordância, que colarei a seguir:
  “Caro conviva, não percebo qualquer surrealismo nos três estágios da Nave Bola. O simbolismo me parece exato. Assinado: El Loco, Pintor Surrealista.”



     Com isto El Loco queria dizer que Rosa, Disco de Hathor e Chapéu de Carmen Miranda são signos estreitamente relacionados. O pessoal, como sempre, considerou tudo mais uma piada de El Loco (que se vê como O Pintor MAIS SÉRIO da História). No fim, pela presença de espírito, o comentário de El Loco recebeu ainda mais elogios que o do especialista, o que El Loco “não curtiu”.

    Da Nave desce um casal bastante assustado, ele mais do que ela, procurando por alguma alma viva naquela clareira onde há pouco havia um enorme clarão. Isto forçou o homem da floresta a sair de sua cabana e servir de anfitrião. Que papel terrivelmente inesperado para um eremita.

    Numa situação dessas a melhor atitude, assim lhe pareceu, era inicialmente não falar nada. Mesmo porque o casal parecia acompanhado por um grupo de golfinhos voadores (envoltos em uma luminescência violeta), o que poderia significar que ele estava de fato  dentro de um evento surrealista. Ou mesmo dadaísta. Mais uma razão para o silêncio absoluto.

     - Boa Noite!, diz a menina (em Inglês) o senhor sabe em que planeta estamos?
    Sendo um Habitante do Universo, o homem da floresta responde com naturalidade, ainda que divertido com a pergunta:
     - Na Terra, certamente. Cheguei há pouco.
    - Ora, mas isto é uma maravilhosa notícia! O senhor está sabendo da Festa?
    - Qual delas?
    - A Festa do Universo, conforme foi anunciado em TODA A GALÁXIA. O senhor está sabendo?
    - Claro que sim. Nós estamos aqui para ela.
    Ela vira-se para seu acompanhante.
    - Eu não falei? Eu não falei que ia dar tudo certo?
    O acompanhante, seja marido, noivo, namorado, amigo ou irmão, responde:
    - Você está vendo alguma festa?
    - Calma, calma. – ela volta-se para o homem da floresta, postado diante deles com a dignidade de um Obi-wan Kenobi post mortem.
    - E o senhor sabe em que ano estamos?
   - Em que calendário?
   - Calendário Ocidental da Era de Peixes.
   O homem da floresta, ainda mais divertido:
   - Vocês certamente vieram ao lugar... quero dizer, ao  TEMPO certo. Estamos em 2012. Outubro, agora. Sejam bem vindos, mochileiros das galáxias.
   - Oh, meu caro senhor, muito obrigada. Meu nome é_____________ , e este é meu marido, amante e pet, ____________.
  - Escravo, na verdade – diz o rapaz. E dá-lhe um beijo no rosto, que ela responde com um na boca.
   (gostei de nosso amigo, querido, veja o porte, a presença de espírito)
   (concordo com você. Também me parece um grande fã de Star Wars).
   (não seja tolo. Jedis não existem.)
   (como?)
   Tudo isto eles conversaram (em pensamento) no tempo de um beijo rápido. A comunicação boca a boca é rápida como o pensamento. Isto não está no Guia do Mochileiro das Galáxias, mas não se pode esperar que ele tenha TUDO.
   - Eu sou Al Maat, disse o homem, e realmente não sou um Jedi (embora também tenha dons telepáticos).  Adoraria que viesse algum... mas não tenho ainda notícias. Estou usando esta vestimenta porque ela costuma apaziguar o espírito de quase todos na Galáxia.
- Tudo por causa da Saga, diz ela, como que perguntando.
- Claro. Tudo por causa da Saga.  
 - De algum modo esta aparência atua sobre a imaginação das pessoas, que associam a indumentária Jedi a boas intenções.
- Ora, não se aflija com isto, amigo. Pode mostrar-se para nós tal qual é, não é, querido? Nós não temos essas coisas, não é, amor?
- Eu não sei, querida, talvez não a gente não esteja preparado para ver a verdadeira face de nosso amigo.
- Aaah! Mas eu gostaria MUITO! -  diz ela - Não é só por curiosidade. Eu estou certa de que o senhor não nos assustará.
O homem responde:
- Não se preocupe com aparências, por enquanto.  Preciso levá-los a um contato. Um contato para a Festa do Universo, aqui na Terra. Uma coisa raríssima de se encontrar. Vamos, venham. E deixem esse robô chorão dentro da nave, por favor. Nosso contato se irrita facilmente.
                                  - Not again...



uma nota:

    HPe’, 6 de Outubro de 2012.


      Como?
    A possível “duplicação de realidades” que meu entretecido virá a gerar no futuro?
     Se eu tinha pensado nisso?
     É CLARO que não.


     Até o momento.



[1] Eu me referia à Imperatriz do Universo, de quem a  regente da Galáxia é o atual canal. Uma coisa que escapou ao Cronista Galáctico G.L. por sua área de pesquisa abranger a Era Galactica passada. Como ele mesmo disse: Há muito tempo.
[2] Fato real em “Malkuth”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário